sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Até quando?

Em 31 de Outubro de 1517, Lutero afixou as 95 Teses na porta da Igreja de Wittenberg. Nelas, questionou a pratica de venda de indulgências e animou uma vida de arrependimento diário.
Associo a vida de Lutero à de Jô, que perdeu tudo que tinha. Sua vida ficou desarrumada. Isso o cegou de tal modo que não via saída. Seus fortes clamores caíram no vazio. Deus parecia distante. A sua situação parece um reflexo da realidade social e econômica da época. Inquieto, Jô perguntava pela solidariedade divina e reclamava da falta de justiça. Ele é questionado por um dos amigos: “Até quando você vai falar assim? Será que Deus torceria a justiça”?
Com Lutero não foi diferente. Também ele estava em busca do Deus misericordioso que o libertaria da consciência pesada. A pergunta pela justiça divina era fundamental pelos reformadores da Igreja do século XVI. O apóstolo Paulo anunciou que “viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus” (Romanos 1.17). Segundo o apóstolo, a justiça divina não é mérito nem conquista humana, mas dádiva dos céus. O próprio Deus a distribui conforme a sua vontade. Não se trata de compensação motivada por piedade humana.
Livre do peso da consciência, há esperança e liberdade. É possível seguir confiante na estrada da vida, servindo a Deus e ao próximo. O Dia da Reforma nos desafia: ora mais e lamenta menos! Vamos, pois, juntos, colocar mão à obra!
Mensagem do Castelo Forte do dia 31/10/2011
Escrito por Manfredo Siegle
Joinville - SC

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